O melhor framework é aquele que você não usa

O que é um framework?
Um framework é uma estrutura de código reutilizável que serve como alicerce para o desenvolvimento de aplicações. Ele define padrões, regras e fluxos de trabalho, facilitando a criação de projetos robustos e escaláveis. Entre seus pontos fortes, destacam-se a padronização, a comunidade ativa e a agilidade no desenvolvimento inicial. Exemplos populares no universo JavaScript incluem React, Angular e Vue.
No entanto, os pontos fracos dos frameworks também merecem atenção. Muitas vezes, eles impõem uma estrutura rígida, dificultando customizações específicas. Além disso, a dependência de um framework pode levar a dificuldades para trocar de tecnologia no futuro (o chamado lock-in, quando você fica "preso" a uma ferramenta), tornando a migração para outras soluções mais complexa.
O que há de errado com os frameworks? 🤔
Ao adotar um framework, você aceita decisões arquiteturais e técnicas que nem sempre se encaixam no seu projeto, o que pode gerar soluções forçadas e aumentar a complexidade.
Além disso, a dependência de um framework deixa sua equipe sujeita ao ritmo de evolução da comunidade responsável. Mudanças inesperadas ou lentidão na implementação de recursos podem exigir grandes adaptações. A popularidade de hoje não garante relevância no futuro, o que pode dificultar a manutenção do projeto.
- Códigos defasados: Frameworks evoluem rapidamente, e projetos antigos podem ficar presos a versões desatualizadas, dificultando a manutenção e a atualização.
- Estrutura rígida: A arquitetura imposta pode limitar a liberdade do desenvolvedor, tornando difícil implementar soluções fora do padrão.
- Curva de aprendizado: Aprender todos os conceitos, padrões e ferramentas de um framework pode ser demorado, especialmente para iniciantes.
- Manutenção em módulos específicos: Customizações profundas podem gerar dificuldades na hora de atualizar ou corrigir bugs, pois o código pode se distanciar do padrão original.
Bibliotecas: uma experiência libertadora 🚀
Após anos trabalhando com diversos frameworks, percebi que usar bibliotecas específicas para cada necessidade traz inúmeras vantagens. Em vez de seguir uma estrutura rígida, posso escolher as melhores ferramentas para cada parte do projeto, como Express para rotas, Mongoose para ODM e Jest para testes.
Essa abordagem proporciona:
- Flexibilidade: Escolho apenas o que realmente preciso, evitando dependências desnecessárias.
- Menor curva de aprendizado: Cada biblioteca tem um escopo reduzido, facilitando o entendimento e a manutenção.
- Atualizações independentes: Posso atualizar ou substituir uma biblioteca sem afetar todo o sistema.
- Performance otimizada: O projeto fica mais enxuto, carregando apenas o essencial.
Por outro lado, essa liberdade exige uma dose maior de experiência para selecionar as melhores bibliotecas e integrá-las de forma eficiente. Ainda assim, mesmo para quem está começando, experimentar essa abordagem pode ser extremamente enriquecedor. Ao evitar frameworks, você ganha:
- Controle total do código: Você entende cada linha, facilitando a depuração e a evolução do projeto.
- Redução do acoplamento: Menos dependências significa menos riscos de conflitos e problemas de compatibilidade.
- Facilidade de onboarding: Novos membros da equipe não precisam aprender um ecossistema inteiro, apenas as bibliotecas utilizadas.
- Maior longevidade do projeto: Bibliotecas tendem a ser mais estáveis e menos sujeitas a mudanças drásticas do que frameworks completos.
Biliotecas pode ser a melhor solução 🎯
Os frameworks prometem ser ferramentas poderosas e acelerar o desenvolvimento de um projeto. Porém, a verdade não é bem o que se divulga por aí. Ao invés de usar um framework e optar por construir sua aplicação com bibliotecas, você conquista flexibilidade, controle e produtividade, além de desenvolver um entendimento mais profundo sobre as tecnologias envolvidas.
Avalie sempre as necessidades do seu projeto antes de escolher o caminho a seguir. Às vezes, o melhor framework é justamente aquele que você decide não usar — e essa escolha pode ser o diferencial para o sucesso e a longevidade do seu software.
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